Vista da Igreja Católica do Distrito de Cruz das Posses- Sertáozinho - SP |
O
espetáculo começa com uma simpática moça da roça servindo café aos
participantes, o cheirinho invade a praça enquanto é preparado. "Café a gente serve pra quem a gente gosta" diz ela enquanto serve o café para o povo que logo se sente
acolhido. A trilha do sertão ponteia as primeiras histórias de alegria, dor e
saudade de quem já partiu para outras bandas, resta para o sertanejo a difícil decisão
de partir. “A gente começa onde nasce e termina onde escolhe” diz o mantra dos
atores enquanto mudam de lugar para contar outra história. Na cidade grande, perdido, vai para debaixo da
ponte, ocupa as favelas e constrói sua vida. Mas o destino lhe reserva outros
desafios, é despejado e em seguida é levado as Cohabs onde tudo é cinza, do
chão ao teto. A trilha sonora agora é a música da urbana, o hap ponteia as lutas por moradia, por água e esgoto, transporte, escola e
creche aparecem ao longo da história, que fala de nós aqui do interior também. “Ser
tão ser” nos provoca e relembra que a luta pela dignidade humana é constante e
jamais terminará. Em qualquer lugar do mundo haverão opressores e oprimidos e
ao povo resta a luta do dia a dia.
A
produção local do espetáculo correu por conta da Cia
Ragugentos e Departamento de Cultura e Turismo de Sertãozinho, com Ana
Lúcio Trovo, Toninho Costa e Gilberto Bellini.
O
espetáculo conta com apoio do Governo do Estado de S. Paulo através do PROAC.
A atriz Lu Coelho durante apresentação: cafézinho para abrir a conversa. |
Publico acompanha atento histórias de "Ser tão ser" |
O homem que sai do seu lugar de origem e caminha para o desconhecido em busca de uma vida melhor. |
"História do homem que sai do lugar onde nasse e morre no lugar onde escolhe". |
Platéia acompanha espetáculo. Da Bahia, em visita a Cruz das Posses, o senhor de chapéu com a mão no queixo, Sr. Getúlio, diz ser a primeira vez que viu "um negócio desses". |
2 comentários:
Foi um sábado enriquecedor para a alma. Como foi bom estar lá e presenciar a história de quem assistia sendo contada por um grupo tão competente. Emoção pura.
Sem dúvida foi bastante emocionante a apresentação. Além disso a história do grupo, seu propósito e trabalho também coincidem muito com vários trabalhos de nossa cidade. São oportunidades que poderíamos aproveitar sempre. Parabéns a Cia Rabugentos, através do Beto, pela iniciativa.
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